sexta-feira, 22 de junho de 2012

My universe will never be the same, i'm glad you came.

E de repente eu me vi ali, naquela sala toda bagunçada, com tudo fora de ordem. Olhei pra mim e a sala refletiu. Toda aquela bagunça de sentimentos, de confusões, de medos. Eu queria organizar tudo, porque você sabe, eu odeio bagunça, mas eu não sabia por onde começar.
Já tinha te falado tantas coisas que me sentia nua diante de você, já tinha aberto todo o meu vocabulário e meu coração. Eu estava ali, de peito aberto, sem armaduras.
Você sempre me surpreendeu, acredito que saiba disso. Eu tão equilibrada e decidida, e me aparece você mexendo comigo e balançando tudo.
Toda vez que te olho te vejo num barco saindo do porto, mas nem eu sabia bem o que isso significava.
Então decidi que estava disposta a te deixar sem ar, como você sempre disse que eu deixava.
Liguei, não consegui.
Liguei de novo e rasguei o verbo, mesmo com medo de que você fosse de barco pra longe, assustado, falei tudo, e mal conseguia respirar entre uma palavra e outra.
Mal sabe você o quanto é dificil pra mim me abrir assim, durona, fria, grossa, foram os elogios mais sutis que eu já havia recebido por conta dessa armadura que visto.
Falei, falei, falei e você ficou em silencio por um momento, o momento mais longo da minha vida.
Me vi na sala de novo, a bagunça cada vez maior e um medo de não conseguir mais arrumar nada.
Aí você abriu a porta sorrindo, aquele sorriso que me tira do sério. Abriu a porta e estendeu a mão, me chamando pra andar de barco com você.
"E a bagunça da sala?" Perguntei.
"A gente arruma, juntos."
Eu já não tinha mais nada a perder. Você sabia que o barco não voltava pro porto e que eu não ia querer bagunçar a sala novamente.
"E então, você vem?" Era sua mão fazendo um gesto me chamando.
Respirei fundo, fechei os olhos e fui.

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