quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Eu gosto mesmo é de gente apaixonada, e não digo apaixonada por alguém, falo daquelas apaixonadas por si. Quem é quente. Essas pessoas iluminam os lugares por onde passam tamanha é a luz interior. Fazem o que gostam e fazem por amor, independente do retorno financeiro. Gente corajosa, que corre atrás dos sonhos e que luta muito enfrentando tudo, dão a cara pra bater otimistas por tentarem e sabem abrir mão do que não serve mais para poder se realizar. São essas pessoas que gosto de ter sempre em minha vida, caminhando lado a lado. Se por ventura temos que nos separar de alguma delas, dá um vazio doído no peito pois deixar alguém assim é muito traumático, mas por outro lado ficamos com a certeza de que marcamos profundamente a vida de alguém assim como ela nos marcou. São dessas pessoas que eu guardo as melhores lembranças, os melhores momentos. Pessoas intensas. Intensas quando amam, quando crescem, quando sonham e quando vivem.  


Pessoas mornas não me agradam, prefiro nem criar laços pois é o tipo que entra e sai da sua vida e você nem nota. Não trazem e nem levam nada quando passam por nós, é imperceptível sua presença. Está tudo sempre tanto faz, não ligam em se transformar. São indiferentes ao que querem, a suas vontades, aos seus objetivos. Sem opinião. Estão tão acomodadas em ter e ser que não conseguem coragem pra deixar qualquer coisa no passado abrindo as portas para o novo, falta mobilidade em suas vidas, falta ciclo. Pessoas mais ou menos, rotineiras, dependentes de alguém até mesmo pra respirar.


E pessoas frias então nem se fala! Aquelas que fazem pelos outros, por dinheiro, sem paixão nenhuma a nada, são essas as que interpretam os personagens que foram mandados sem mergulhar de cabeça, fingindo gostar do tema principal: viver. É o tipo que faz uma muralha de coisas materiais e dinheiro ao redor de si impermeáveis a qualquer sentimento. Essas são as piores, são pobres espiritualmente pois sempre acham que a razão está acima de tudo e se esquecem do sentimento a toda prova que é colocado no essencial. A gente tenta sempre manter distância delas porque nunca conseguimos compartilhar nenhum afeto vindo de seus corações. Quando estamos juntos parece que estamos sendo puxados pra estagnação, para baixo e dentro da grande muralha, tamanha é sua possessão com o que é material e racional. Depois de muito tempo com gente assim, o coração quebra e é extremamente maçante juntar os pedaços.