terça-feira, 19 de agosto de 2008

Às vezes ela ficava pensando no reencontro, na vontade que tinha em vê-la de novo, e a saudade apertava forte no peito. Era um súbito de tanta dor que acabava ficando quase impossível não chorar. Parecia que dentro de seu corpo não existiam órgãos, mas sim um vazio. Um enorme vazio. Ela começava a relembrar de todos os momentos, não só porque queria, mas porque sua consciência a obrigava. Poder abraçar a melhor parte de sua vida, a amiga que estava na história dela, conversar, rir, morder e até brigar era tudo o que mais queria na vida. E se fosse fácil, estaria tudo bem, mas existia a tal da distância, que complicava tudo. Aqueles quilômetros chatos que existia entre elas. E lembrando disso, as lágrimas iam correndo pelo rosto, sem freios e sem direção. Quando chorava, sentia que aquele vazio se transformava em uma gelatina mole sem sabor. A boca seca e os olhos úmidos. Pensava no arrependimento que sentia por quando estavam juntas não saberem aproveitar o tempo que foi dado, a amizade que tinham. As brigas mais que constantes eram a prova de que sentiriam falta um dia. Foi necessária a separação para todos aqueles sentimentos virem a tona: tempo, arrependimento, remorso, saudade. Essa última a maior de todas. Naquela época, quando estavam em paz, eram as melhores, as mais unidas e as que mais se compreendiam. Mesmo com a distância continuava essa amizade, mas dessa vez sem as brigas constantes, pois saberiam que se arrependeriam delas. Uma era a melhor da outra, a única, a do pra sempre. Uma fazia a outra continuar, com quem poderiam sempre contar. Cada uma tinha a certeza dentro de si que ninguém as substituiria. Sonhavam com o reencontro, com a segunda chance, e com a hora que as palavras sairiam da imaginação e se tornariam realidade. Era difícil descrever o que uma sentia pela outra, sentimentos são coisas tão abstratas que acabam se embaralhando em milhões de palavras e na hora de dizê-las se perdem num vazio onde ninguém mais acha. Era muito amor imenso, carinho incondicional, saudade inexplicável, compreensão infinita, ligação inigualável e amizade insubstituível. E tudo isso era imortal. Em outros tempos eram ela e a amiga, hoje é ela e a saudade.

segunda-feira, 18 de agosto de 2008

Quando ela perguntou o que mais temia e ele começou a responder, parecia que o mundo ia se abrindo abaixo dos seus pés, os olhos subtamente se enxeram de lágrimas e só restou desviar o olhar. Olhou para todos os lados, mas não podia encará-lo de novo, não depois de tudo aquilo. Era uma dor tamanha que dava até enjoo, o corpo pesado, e aquela bola gigantesca crescendo na garganta, não demoraria muito pra ela desabar num choro profundo. Quando ele acabou de falar ficou encarando os própios pés na espera de alguma reação. Por mais que ele parecesse triste no fundo ela sabia que ele nem ligava. Ele nunca teve sentimentos, sempre foi gélido, e sempre seria, ela tinha a certeza que não seria ela a despertar nele aquele sentimento tão comum a todos. Num súbito, sentindo que não aguentaria mais nada, ela respirou fundo, levantou-se e saiu andando, as lágrimas correndo pelo rosto numa velocidade tamanha. Saiu, sem rumo e sem ao menos olhar para trás.

domingo, 10 de agosto de 2008

about me ;}

Não gosto de rótulos, sou diferente de tudo o que você já viu ou imaginou, e acima de tudo, eu não pareço com ninguém. Tenho uma paixão pela minha vida e pelo Johnny Depp. Sou muito ligada a minha família e aos meus amigos. Amo, acima de tudo, chocolate e livros. Meu amor maior é a leitura. Tenho dois irmãos, e os dois são mais velhos. A minha irmã é a fonte de inspiração da minha vida. A minha mãe é a minha base e meu pai é o raciocínio. Meus pais são separados desde quando eu tinha 1 ano, isso não é uma coisa que me afeta muito e nem sinto muita falta. Abraços são essenciais para a minha vida. Não vejo a hora de começar a faculdade (pública) de veterinária, já mudei tantas e tantas vezes a escolha da minha profissão, mas sempre volto nessa. Quero mudar pra Europa. Eu erro, erro muito. Dizem que o meu sorriso é o que eu tenho de melhor. Sou desastrada, nem um pouco delicada. Eu sonho, sonho muito, cada vez mais mais alto. Gosto de viajar e quero ir mais e mais vezes, para lugares cada vez mais distantes, porém não há nada melhor que voltar pra casa. Sinto falta de todos os meus amigos, até os que estão comigo todos os dias. E sinto falta daqueles que não são mais amigos, mas que um dia foram grandes. Sessões nostalgia me deixam tristes e eu na maioria das vezes acabo chorando. Tenho muito sono, o tempo todo, nasci no dia internacional do sono e tenho síndrome de bela adormecida. Tenho enxaqueca e quando estou com dor de cabeça eu fico insuportável. Não tenho paciência. Taurina demais. Não acredito que amor exista, e não acho que o que as pessoas sentem umas pelas outras seja amor de verdade. Sempre dou risada na hora errada. Não tenho hora pra chorar. Sou gordinha. Sou sentimental demais e sentimentos de mentira ou de brincadeira não fazem parte de mim. Não falo palavrões. Não gosto de brigas. Odeio arrumar a casa. Tenho vontade de ser e me mudar mil vezes no dia, mas no fim sempre gosto de ser assim. Se algo me deixa muito triste eu tenho a dor até o fim, não importando quanto tempo demora pra ela cicatrizar, porque ela é minha e ninguém tem o direito de achar que é bobagem. Sou bem ciumenta. Gosto de fazer os outros felizes, de ajudar. Coloco sempre os outros na frente, depois eu, e as vezes acabo parando tudo por alguém. Tenho mania de corrigir o vocabulário dos outros. Morro de ciúmes da minha irmã. As vezes sou tímida, mas depois que passa eu não paro de falar e você tem que me mandar calar a boca. Adoro dançar. Amo música e filmes. Adoro teatro. Adoro comer e um mês fora me fez ver que a comida brasileira é a melhor que existe. Não troco por nada um domingo em família, uma sexta com amigos, e um sábado com filme e pipoca. Não gosto de filmes idiotas e adolescentes. Não troco os dias com a minha irmã por nada. Detesto estudar, não gosto de ir pra escola e não quero nem ver o cursinho. Não saio de casa sem meu iPod. Adoro crianças, velinhos e mulheres grávidas, são coisas que realmente me encantam. Não tenho vontade de ter filhos. Odeio distância e saudade machuca. Tenho uma ligação cósmica com a internet. Adoro fotos: antigas ou novas. Adoro conversar. Quero fazer uma tatuagem. Não tenho uma música ou uma banda preferida e não acho que isso muda alguma coisa. Um monte de músicas falam por mim. Não canso de ouvir a mesma música um milhão de vezes. Tenho muitas fases de estilos e pensamentos diferentes, e mudo o tempo todo. Adoro escrever. Não mudo por ninguém e nunca vou mudar, mudo apenas por mim. Sou sempre eu mesma. Odeio esperar resposta no msn. Adoro falar no telefone. Amo trocar cartas. Adoro receber flores e mensagens. Não é fácil conviver ou gostar de mim. Sou sincera demais e o tempo todo, até quando não deve. Adoro carinho e mimos, não sou uma pessoa que consegue conviver sem abraços. Posso ser grossa as vezes, e as vezes é por querer mesmo, as vezes não. Amo animais. Estou aprendendo a tocar teclado. Quero aprender violão. Eu falo, falo muito, muito mesmo, demais, e falo alto.