terça-feira, 19 de agosto de 2008

Às vezes ela ficava pensando no reencontro, na vontade que tinha em vê-la de novo, e a saudade apertava forte no peito. Era um súbito de tanta dor que acabava ficando quase impossível não chorar. Parecia que dentro de seu corpo não existiam órgãos, mas sim um vazio. Um enorme vazio. Ela começava a relembrar de todos os momentos, não só porque queria, mas porque sua consciência a obrigava. Poder abraçar a melhor parte de sua vida, a amiga que estava na história dela, conversar, rir, morder e até brigar era tudo o que mais queria na vida. E se fosse fácil, estaria tudo bem, mas existia a tal da distância, que complicava tudo. Aqueles quilômetros chatos que existia entre elas. E lembrando disso, as lágrimas iam correndo pelo rosto, sem freios e sem direção. Quando chorava, sentia que aquele vazio se transformava em uma gelatina mole sem sabor. A boca seca e os olhos úmidos. Pensava no arrependimento que sentia por quando estavam juntas não saberem aproveitar o tempo que foi dado, a amizade que tinham. As brigas mais que constantes eram a prova de que sentiriam falta um dia. Foi necessária a separação para todos aqueles sentimentos virem a tona: tempo, arrependimento, remorso, saudade. Essa última a maior de todas. Naquela época, quando estavam em paz, eram as melhores, as mais unidas e as que mais se compreendiam. Mesmo com a distância continuava essa amizade, mas dessa vez sem as brigas constantes, pois saberiam que se arrependeriam delas. Uma era a melhor da outra, a única, a do pra sempre. Uma fazia a outra continuar, com quem poderiam sempre contar. Cada uma tinha a certeza dentro de si que ninguém as substituiria. Sonhavam com o reencontro, com a segunda chance, e com a hora que as palavras sairiam da imaginação e se tornariam realidade. Era difícil descrever o que uma sentia pela outra, sentimentos são coisas tão abstratas que acabam se embaralhando em milhões de palavras e na hora de dizê-las se perdem num vazio onde ninguém mais acha. Era muito amor imenso, carinho incondicional, saudade inexplicável, compreensão infinita, ligação inigualável e amizade insubstituível. E tudo isso era imortal. Em outros tempos eram ela e a amiga, hoje é ela e a saudade.

segunda-feira, 18 de agosto de 2008

Quando ela perguntou o que mais temia e ele começou a responder, parecia que o mundo ia se abrindo abaixo dos seus pés, os olhos subtamente se enxeram de lágrimas e só restou desviar o olhar. Olhou para todos os lados, mas não podia encará-lo de novo, não depois de tudo aquilo. Era uma dor tamanha que dava até enjoo, o corpo pesado, e aquela bola gigantesca crescendo na garganta, não demoraria muito pra ela desabar num choro profundo. Quando ele acabou de falar ficou encarando os própios pés na espera de alguma reação. Por mais que ele parecesse triste no fundo ela sabia que ele nem ligava. Ele nunca teve sentimentos, sempre foi gélido, e sempre seria, ela tinha a certeza que não seria ela a despertar nele aquele sentimento tão comum a todos. Num súbito, sentindo que não aguentaria mais nada, ela respirou fundo, levantou-se e saiu andando, as lágrimas correndo pelo rosto numa velocidade tamanha. Saiu, sem rumo e sem ao menos olhar para trás.

domingo, 10 de agosto de 2008

about me ;}

Não gosto de rótulos, sou diferente de tudo o que você já viu ou imaginou, e acima de tudo, eu não pareço com ninguém. Tenho uma paixão pela minha vida e pelo Johnny Depp. Sou muito ligada a minha família e aos meus amigos. Amo, acima de tudo, chocolate e livros. Meu amor maior é a leitura. Tenho dois irmãos, e os dois são mais velhos. A minha irmã é a fonte de inspiração da minha vida. A minha mãe é a minha base e meu pai é o raciocínio. Meus pais são separados desde quando eu tinha 1 ano, isso não é uma coisa que me afeta muito e nem sinto muita falta. Abraços são essenciais para a minha vida. Não vejo a hora de começar a faculdade (pública) de veterinária, já mudei tantas e tantas vezes a escolha da minha profissão, mas sempre volto nessa. Quero mudar pra Europa. Eu erro, erro muito. Dizem que o meu sorriso é o que eu tenho de melhor. Sou desastrada, nem um pouco delicada. Eu sonho, sonho muito, cada vez mais mais alto. Gosto de viajar e quero ir mais e mais vezes, para lugares cada vez mais distantes, porém não há nada melhor que voltar pra casa. Sinto falta de todos os meus amigos, até os que estão comigo todos os dias. E sinto falta daqueles que não são mais amigos, mas que um dia foram grandes. Sessões nostalgia me deixam tristes e eu na maioria das vezes acabo chorando. Tenho muito sono, o tempo todo, nasci no dia internacional do sono e tenho síndrome de bela adormecida. Tenho enxaqueca e quando estou com dor de cabeça eu fico insuportável. Não tenho paciência. Taurina demais. Não acredito que amor exista, e não acho que o que as pessoas sentem umas pelas outras seja amor de verdade. Sempre dou risada na hora errada. Não tenho hora pra chorar. Sou gordinha. Sou sentimental demais e sentimentos de mentira ou de brincadeira não fazem parte de mim. Não falo palavrões. Não gosto de brigas. Odeio arrumar a casa. Tenho vontade de ser e me mudar mil vezes no dia, mas no fim sempre gosto de ser assim. Se algo me deixa muito triste eu tenho a dor até o fim, não importando quanto tempo demora pra ela cicatrizar, porque ela é minha e ninguém tem o direito de achar que é bobagem. Sou bem ciumenta. Gosto de fazer os outros felizes, de ajudar. Coloco sempre os outros na frente, depois eu, e as vezes acabo parando tudo por alguém. Tenho mania de corrigir o vocabulário dos outros. Morro de ciúmes da minha irmã. As vezes sou tímida, mas depois que passa eu não paro de falar e você tem que me mandar calar a boca. Adoro dançar. Amo música e filmes. Adoro teatro. Adoro comer e um mês fora me fez ver que a comida brasileira é a melhor que existe. Não troco por nada um domingo em família, uma sexta com amigos, e um sábado com filme e pipoca. Não gosto de filmes idiotas e adolescentes. Não troco os dias com a minha irmã por nada. Detesto estudar, não gosto de ir pra escola e não quero nem ver o cursinho. Não saio de casa sem meu iPod. Adoro crianças, velinhos e mulheres grávidas, são coisas que realmente me encantam. Não tenho vontade de ter filhos. Odeio distância e saudade machuca. Tenho uma ligação cósmica com a internet. Adoro fotos: antigas ou novas. Adoro conversar. Quero fazer uma tatuagem. Não tenho uma música ou uma banda preferida e não acho que isso muda alguma coisa. Um monte de músicas falam por mim. Não canso de ouvir a mesma música um milhão de vezes. Tenho muitas fases de estilos e pensamentos diferentes, e mudo o tempo todo. Adoro escrever. Não mudo por ninguém e nunca vou mudar, mudo apenas por mim. Sou sempre eu mesma. Odeio esperar resposta no msn. Adoro falar no telefone. Amo trocar cartas. Adoro receber flores e mensagens. Não é fácil conviver ou gostar de mim. Sou sincera demais e o tempo todo, até quando não deve. Adoro carinho e mimos, não sou uma pessoa que consegue conviver sem abraços. Posso ser grossa as vezes, e as vezes é por querer mesmo, as vezes não. Amo animais. Estou aprendendo a tocar teclado. Quero aprender violão. Eu falo, falo muito, muito mesmo, demais, e falo alto.

quinta-feira, 31 de julho de 2008

the same mistake.

eu conheço esse filme, essa novela, sei de cor o que acontece, conheço o fim melhor do que ninguém e o que se segue depois dele também, só que dessa vez eu não vou ficar até o final, não de novo, porque eu tenho um resquicio de amor própio, e ele me faz sair daqui de cabeça erguida.

terça-feira, 1 de julho de 2008

literalmente, um último romance

Sabe, hoje, por mais que eu tenha cansado de muita coisa, sentei pra escrever e pensei: do que eu vou falar?! Tenho dentro de mim tantas dúvidas, tantos temas, tantas explosões que nem eu sei por onde começar. Falar de amor não daria certo, meu coração anda tão longe, que já nem sei mais se ele volta um dia. Falar de amigos seria patético, pois cada um segue sua vida, se afastam, e eu descobri que é assim que funcionam as coisas. Falar de família é uma sensação estranha, porque por mais que eu ame e saiba que eles estão comigo ali, o tempo todo, não são a minha inspiração hoje. Eu poderia falar de saudade, de tempo, de pessoas alheias, generalizar tudo e todos e falar pronto, esse é meu assunto, ou, eu poderia fazer um super texto com palavras lindas e de auto-ajuda pra todo mundo elogiar e dizer, nossa, realmente, você se superou. Mas as pessoas sempre leem os textos e acham o máximo, se divertem ou choram e pensam que é assim que tem que ser, mas ninguém age. Cansei de fazer textos assim também. Na verdade, cansei de escrever qualquer tipo de texto, sobre qualquer tema, porque por mais que eu escreva rios de palavras, me expresse, vomite meus sentimentos nas linhas, e abra meu coração, as pessoas nunca vão saber realmente o que se passa dentro de mim, e quem eu sou realmente. E isso também já me cansou.

a little heart.

Meu coração anda longe, voando, em algum lugar bem distante. Um lugar onde ninguém o vê, ninguém o escuta ou o sente. Ele foi sem dizer nada. Simplesmente estava lá e de um minuto a outro não estava mais. Não tivemos nenhum tipo de desentendimento antes de acontecer isso, foi só um silêncio enorme, que dizia mais que qualquer palavra. E eu entendo que ele já não suportava mais nada. Tínhamos uma sintonia incrível, eu achava que ele era parte de mim, mas agora que ele se foi, tenho a certeza que ele era eu por completo. Sempre me disse que eu não era desse mundo, e que eu podia muito mais se eu quisesse. Eu não o ouvi e não me deixei levar por ele. Tantas e tantas vezes sentia que aquilo não era certo, que eu ia acabar me magoando muito e o machucando. Mas eu fechava meus olhos e me entregava. E quando tudo passava, e a dor vinha com mágoas e sofrimento, ele ainda estava lá, comigo, não me abandonou. Ultimamente vinha dizendo que eu precisava abrir os olhos, não me deixar levar, não me deixar enganar, mas como sempre, eu não o escutava. Várias são as vezes em que ele me disse que por mais que eu errasse ele ainda estaria ali, porém, que se cansaria um dia. Eu, muito teimosa, o testei até ele não agüentar mais. Antes do silêncio nos invadir, ele me lembrou da promessa que tinha me feito, de sempre estar comigo, e de nunca me deixar, mas, balançando a cabeça confirmou o que eu temia tanto, pra sempre e nunca são palavras que não existem e não se devem fazer promessas com elas, sendo que não serão cumpridas. O silêncio tomou conta da gente. E, depois disso, aconteceu. Agora ele está fora de mim, perdido por aí, e eu já nem consigo saber se ele volta um dia.

quinta-feira, 5 de junho de 2008

a tal da família, conhece?!

Você pode ter milhões de amigos, milhões de namorados, milhões de fases, milhões de qualidades, milhões de defeitos, mas no fim, quem vai estar do seu lado em todas as suas atitudes, não importa o seu jeito ou o que você faça, que vai te aceitar do jeito que você é, é a sua família. Eu aprendi que o melhor brinquedo é a sua família. Brinquedos vivos, que dão e recebem, que nos fazem crescer e crescem também pelas nossas mãos. Que se transformam depois em grandes amigos para toda a vida, em companhia sempre presente de qualquer maneira. Em algo que fica quando se perde tudo aquilo a que nos conduziu a nossa loucura, quando se perde o que o tempo nos vai levando. Posso dizer que sou uma pessoa de grande privilégio, pois tenho a melhor família que alguém poderia ter. Tem as pessoas mais loucas, mais retardadas, mais felizes, mais unidas, mais amadas. Estando com eles, seja como for.

amigos reais, reais amigos.

Verdadeiros amigos deveriam se chamar irmãos. Porque os verdadeiros amigos gostam de você do jeito que você é, com todos os seus defeitos, qualidades, assim como sua família. Esses que estão com você em todos os momentos da sua vida; perdoam seus atos; riem das suas besteiras; te alertam sobre seus erros não te julgam; não te questionam; sempre te perdoam; te ensinam coisas novas, novos horizontes, novos pensamentos; te modificam, e se deixam modificar por você, para melhor, sempre um completando o outro; não saem do seu lado, não importa o que você faça. É um sentimento recíproco. Tomam um pedaço no seu coração muito rápido, não importa por quanto tempo. E conforme o tempo você percebe quem são os verdadeiros amigos, aqueles que podemos chamar de irmãos. E posso afirmar que não é o tempo que faz eles serem verdadeiros, pois existem amigos que fazem muito por você em meses do que amigos de anos. Porém a vida é feita de fases. Assim como uma roda gigante, a vida não para, as pessoas mudam, sua personalidade muda, e seus amigos mudam. Os verdadeiros permanecem. Todo e qualquer amigo que passar em nossa vida vai passar sozinha, de uma forma diferente, isso porque cada pessoa é única e nenhuma substitui a outra. Cada amigo que passar, quando for embora, vai levar um pedaço nosso, mas conosco vai deixar um pedaço de si. É por isso que destino existe, é por isso que as pessoas não se encontram por acaso.

o meu mais famoso :)

Nenhum amor é eterno certo? Isso significa que se Shakespeare, Vinicius de Moraes, Carlos Drummond de Andrade não fizeram poemas com juras aternas, nem amores eternos, quem criou essa coisa de pra sempre foi a gente e é por isso que sempre damos com a cara na parede né?! Nenhum amor é eterno, mais você tem que aproveitar todos como se fossem, porque cada amor é único, cada amor é um, tem que ser vivido da forma mais intensa possível, todos os dias tem que ser guardados na memória, e as lembranças ruins devem ser apagadas, e se deve aprender com os erros. Quando esse amor acabar, chore, mostre que realmente valeu a pena tudo o que vocês passaram. Depois que as lágrimas secarem siga a sua vida, um sorriso no rosto, e abra seu coração para um novo amor. Para viver tudo novamente. Para aprender com os novos erros, aprender com o outro novamente, para fazer loucuras, para rir, chorar, se emocionar, e enfim amar. É disso que a vida é feita. Quando dizem que o importante é ser feliz e ter saúde e que o resto não importa, eu te pergunto: Tem como ser feliz se não estiver apaixonado?

como eu escrevo hoje...

Hoje eu escrevo com o coração na boca, mente aberta, pés no céu e pensamentos além.
Sabe quando em um segundo seu mundo desanda? Se perde? Dá aquele desânimo, a gente não tem vontade de nada. Parece que as bruxas estão soltas. Você se sente sozinha, e sente aquela pontinha de inveja de todos os casais felizes. Seu coração aperta tanto de vez em quando e você fica a flor da pele. Uma angústia. E um momento de paz, calma, amor, sorriso, parece ser impossível. Você desacredita no amor. O dia fica triste, sem graça. Vem então aquela síndrome de Barbie, a típica pessoa que não consegue e nem quer ficar sozinha. Você quer um Ken na sua vida, quem te faça feliz. Daí quando você está em um desses dias monótonos que parecem não acabar nunca e você só quer dormir e sumir, o sol começa a brilhar de novo, o dia está lindo, a vida é bela, a girafa amarela e você descobre. Por acaso, mais descobre. Descobre que as coisas não são bem assim, tão tristes e modorrentas. E descobre que vc pode achar outra pessoa que vai fazer seu coração parar, o chão sumir, o mundo parecer mais lindo, e te fazer feliz enfim. Você sente isso. E ela aparece assim na sua vida, do nada. E você fica naquela expectativa. Faz toda a sua rotina, faz tudo pensando nela. Aquela emoção que só quem está apaixonado sabe como é. Por enquanto, por mais platônico que ainda seja - e você SABE que é só por enquanto - passa pela sua cabecinha (que não sai da lua) como serão os dias com ela, e você fica imaginando, andando por aí com um sorriso abobado no olhar. Esperando o dia que isso vai sair do platônico e se tornar real. Fica naquela expectativa enquanto O dia não chega. Afinal, só resta esperar e ver no que vai dar.

quando eu quero...

Quando eu quero uma coisa eu vou até o fim. Podem me chamar de teimosa, do que for, mais eu me definiria como determinada. Não descanso enquanto não conseguir. Pode ser que a vontade diminua, mais eu não deixo de querer. Sou determinada a ir em busca dos meus objetivos, a conseguir minhas conquistas, a sonhar e a buscar meus sonhos sempre. Sou mimada desde pequena, eu queria, eu tinha. Dei com a cara na parede muitas vezes por causa dessa minha mania de achar que vou conseguir tudo sempre, mais eu não desisto, a vida é assim ué. Uma coisa que aprecio muito é o gostinho da vitória, da conquista, não tem igual. Mas também, aquela corrida contra o tempo e contra todos pra alcançar meus sonhos por mais impossíveis que sejam é o que me faz sempre correr atrás e sonhar de novo. Aquela sensação, não importa o tempo que demore, de estar indo atrás de uma coisa que você realmente quer, de ver o finalmente se aproximando, e de olhar pra trás e dizer eu lutei, eu conquistei, eu vou conseguir, é a melhor coisa do mundo. Sei reconhecer que as vezes desisto de certas coisas, mais é só quando eu vejo que não vale a pena, nunca é pela dificuldade de obstáculos. Já quis tanta coisa que eu lutei demais, lutei mesmo, e no fim quebrei a cara. Mas pergunta se eu deixei de querer? Lógico que não! Porque eu sei que um dia eu vou conseguir. Só vou deixar de querer quando eu ver que realmente não vale a pena. E pode ter certeza que quem decide se um sonho é muito grande, se ele é impossível, se é besteira, se ele não vale a pena, sou eu, nunca são os outros; porque no fim sou eu que saio ganhando, não eles. E como diz um sábio poeta: "Nossas dúvidas são traidoras e nos fazem perder o bem que poderíamos conquistar, se não fosse o nosso medo de tentar." Eu tento. SEMPRE. E você?!

texto de ano novo no meio do ano :}

Pelos beijos, abraços, derrotas, vitórias, conquistas, lutas, brigas, lágrimas, alegrias, amadurecimentos, experiências, esperança, saúde. Pelos apertos de mãos, pelas pessoas conhecidas, pelas amizades ganhas, pelas amizades perdidas. Pelo que valeu a pena, e pelo que eu vou deixar para trás. Pelos erros e pelos acertos, pelas opções erradas, pelas mancadas, pelas "caras dadas na parede", pelo que eu me arrependo de não ter feito, pelo destino, por aquilo que aconteceu e não foi bom, por aquilo que aconteceu sem querer ou querendo e foi inesquecível. Pelos momentos indescritíveis, essenciais, especiais, únicos, e gurdados para sempre no coração. Pelo amor tido, pela vida vivida, por mais um ano passado. Daquilo tudo que foi, guardei só o que foi bom, acabou, passou, e agora é mais um ano que começou. Que 2008 seja melhor que 2007 em alguns sentidos, e que nos outros, também.

domingo, 1 de junho de 2008

(...)


sofremos por motivos que guardamos pra nós mesmos, não falamos pra ninguém, e tentamos ser o mais normal possível, e quando explodimos, as pessoas ainda nos culpam, mas elas não tem idéia do que a gente já passou...

terça-feira, 20 de maio de 2008

é morena.

Quero um pedacinho de tempo para poder descansar esse peso do mundo que estou sentindo em meus ombros... Um tempo onde não me perguntem nada, nem me peçam nada, apenas me permitam o direito de dar vazão ao pranto que venho engolindo com o café-da-manhã, enquanto visto a máscara de "olhem como sou valente e forte"... Quero ser a criança que pode chorar livremente até que me ponham no colo, restabelecendo assim, o equilíbrio que necessito para dormir em paz. Quero me aventurar na busca dos sonhos, sem ter que vê-los pintados com as cores do desânimo, ou coloridos com as cores do impossível... e quero poder brincar com meus sonhos como se fossem massinha de modelar ilusões... lambuzar neles meus dedos, até decidir quando precisam se desfazer... Quero ter companheirismo também nas horas em que tudo parece ter se perdido, e encontrar apenas um ombro onde possa repousar meu cansaço, um ombro que seja silêncio e carinho. Quero deixar que me invada toda a dor do mundo neste instante, porque ela é minha, real e única, e que como tal seja aceita e compreendida... mesmo que eu ainda não saiba lidar com ela... E quero poder dizer: "-Está doendo sim!" Sem assustar ninguém, causando uma revolução tão grande que meu mundo pareça ainda mais desabitado. Seria possível? Daqui a pouco tudo vai parecer diferente e novo, eu sei. Vou secar os olhos e vou à luta outra vez e da dor hei de ressurgir mais forte... Porque sou noventa e nove por cento matéria que dificilmente se desintegra. Então, por favor, por um momento apenas, neste meu pequeno momento humano, neste "por cento" de fragilidade, quero ser igual a todo mundo e chorar...

sexta-feira, 2 de maio de 2008

há 17 anos atrás...


A partir de agora e pra sempre, quero que cada dia dos anos que virão eu tenha o espaço do meu peito preenchido com tudo o que eu preciso, e que cada dia valha a pena. Que eu aproveite todos os momentos felizes até a última gota e guarde-os com carinho, para relembrá-los sempre que eu puder. Que eu saiba aproveitar sim minha dor, sofrer tudo o que tiver no momento e não ter pressa para que ela acabe rápido, pra que mais pra frente ela não volte a tona, quero aproveitar tudo o que ela me trouxer, todo o crescimento, mas que eu possa jogá-la fora depois, sem sentir que ainda falta um pedaço em mim. Que eu acredite na fé, e que eu tenha fé no que eu acreditar. Que eu mantenha minha personalidade sempre forte, não importa qual seja a situação. Que meus sentimentos sejam muito verdadeiros, e que eu aprenda com cada um deles. Que eu seja sempre eu mesma, mas que não seja a mesma para sempre. Que tudo, tudo mesmo o que acontecer, eu guarde no meu coração. Que cada dia seja melhor que ontem, e não tão bom quanto amanhã. Se não for assim, que seja, é só mais um dia mesmo.

quarta-feira, 30 de abril de 2008

é morena.

Sabe, eu fico tão ansiosa para chegar o meu aniversário, fico naquela expectativa que nem eu sei o porque, fico querendo que chegue logo, e faço até contagem regressiva. Mas quando ele tá bem perto, assim, faltando coisa de 5 dias mais ou menos, me dá uma tristeza, uma depressãozinha que eu também não sei daonde ela vem. Não tem graça, não quero que tenha graça, prefiro ficar esperando, prefiro ter aquela alegria da expectativa e não essa tristeza da véspera.
É tão estranho porque cada dia que passa da minha vida, é um dia a menos (lógico), e parece que falta pedaços nesses dias, por isso não queria que eles passassem tão rápidos como estão passando. É chegada uma nova parte da minha vida, a gente cresce e tudo só aumenta, e não sei se quero isso apesar de ansiar muito. Contraditório não?! Vai chegando sempre mais perto da fase em que eu tenho que tomar grandes decisões, e eu não quero, não quero, não quero! Não quero crescer cachaça, não quero que a pressão do vestibular aumente, não quero imaginar que "acabou a escola", não quero ficar pensando como vai ser passar em uma universidade bem loonge, ou como vai ser não passar e fazer cursinho, não quero pensar, não, não não! E cada dia que vai passando é um dia mais perto disso acontecer, e eu quero meu tempo de volta! Eu não quero mais fazer 17 anos, é tão pouco, mais já foi tanto, depois é 18, 19, 20, credo, que horror, que medo ;~
Deixa eu parar o relógio assim, por uns dias e colocar minha cabeça no lugar?!
Ahhhh, se eu pudesse...

quinta-feira, 24 de abril de 2008

se eu tivesse um canudinho...


Se eu tivesse um canudinho
Eu chupava você pra dentro do meu mundinho
Pra comigo viver pra comigo viver

Se eu tivesse um canudinho
Eu me enchia de você
E acabava com o vazio
O vazio de viver

Se eu pudesse te liquefazer
Eu te bebia ate ficar de porre
Você me embebeda
Você me enlouquece
Ai meu Deus como é que você pode
Se eu tivesse um canudinho...

quarta-feira, 23 de abril de 2008

saudade existe pra quem sabe ter...


SAUDADE (pelo dicionário): lembrança triste e suave de pessoas ou coisas distantes ou extintas, acompanhada do desejo de as tornar a ver ou a possuir; pesar pela ausência de alguém que nos é querido; nostalgia; (no pl. ) lembranças afectuosas a pessoas ausentes;

SAUDADE (por Martha Medeiros): "Em alguma outra vida, devemos ter feito algo de muito grave, para sentirmos tanta saudade..."

Eu estava pensando, sinto falta de muita gente na minha vida, pessoas e amizades que passaram e que não voltam mais, outras que passaram e sabe-se lá Deus onde estão agora, outras que eu vejo de vez em quando, outras que estão sempre do meu lado, mais ainda sim, distantes. São, e foram, tantas promessas de "temos que nos ver mais", "nos vemos essa semana sem falta", "temos que combinar de sair juntos mais vezes", "tô com saudade, vem me visitar?", que não foram cumpridas que eu até perco a conta, e isso é tão chato. Encontrar alguém que você gosta, abraçar, rir, contar tudo, por o assunto em dia, e depois dizer tchau e ficar mais um longo intervalo de tempo sem ver de novo é triste, as vezes penso que seria melhor não ver então, que é pra não dar o gostinho. Pior também é ter aquele GRANDE AMIGO que mora em uma GRANDE distância. Acho que saudade foi inventada por alguém sozinho, que não tinha nada pra fazer, é, pode até ser, mais era uma saudade diferente, uma saudade de tudo aquilo que não foi visto ou sentido, e foi inventado para que as pessoas sintam como é ser sozinho. Contradição: ser sozinho e sentir saudades. Isso até existe né?! No fim, saudade existe pra aprendermos a dar valor, a aproveitar o agora, aproveitar aquele momento que nunguém sabe quando vai acontecer de novo, antes que fique no ar um "temos que nos ver mais" que não vai ser cumprido.